Crenças na reencarnação e na comunicação com os espíritos ajudam seguidores da Doutrina e encarar a perda de amigos e familiares
Para adeptos da doutrina, estudo, melhora íntima e prática da caridade são o mais importanteDaniela Xu / null |
O sucesso de Nosso Lar nos cinemas coloca o Espiritismo em evidência. A onda até pode ser passageira, mas a Doutrina apresentada por Allan Kardec no Século 19 tem morada cativa e permanente no coração de quem encontrou consolo e amparo para a morte na certeza de que a vida continua além do plano físico.
A crença em Deus e a existência da alma estão presentes em quase todas as religiões. A diferença do Espiritismo é, na visão de seus seguidores, oferecer uma visão mais palpável, lógica e, até mesmo, acessível sobre a morte, que deixa de ser um tabu.
Dois conceitos presentes em outras crenças e anteriores à decodificação de Kardec diferenciam o Espiritismo das religiões cristãs e sustentam essa maneira original de lidar com a morte: a reencarnação e possibilidade de comunicação com os mortos.
A multiplicidade das existências explica, na ótica espírita, as diferenças entre os seres humanos, decorrentes de méritos e resgates de vidas passadas. É o carma, presente também, por exemplo, no budismo. Ou lei de ação e reação.
A comunicação com os mortos foi o fator determinante para o próprio surgimento do Espiritismo. As diretrizes teriam sido reveladas por espíritos em diferentes partes do mundo e codificadas por Kardec em O Livro dos Espíritos, lançado em 1857, primeira das Obras Básicas da Doutrina.
- A comunicação tem que partir de lá, não daqui. Não sabemos a condição de quem está lá - explica a oficial de Justiça Maria Aparecida Olante Casagrande, a Cida, 53, espírita há 26 anos.
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